Sobre Democratização y auto Determinação dos povos em América Latina.

por BRUNO ADESSE, Est. Economía, U. Federal de Rio de Janeiro.

Neste momento tão impactante pelo qual passamos, a América Latina parece relativamente calma, com excessão do Chile, que mais uma vez se esforça para içar as âncoras jogadas – pela ditadura e o neoliberalismo- no serviço social e no Estado (de bem-estar). Estes dois últimos percalços históricos se disseminaram na América Latina, até pouco tempo atrás, quando se inicia um movimento ascendente da centro-esquerda no poder estatal.

Acontecimentos razoavelmente homogeneizados ao se falar da América Latina: massa humana e natural extensa, diversificada, independente de qual das várias definições conceituais e classificatórias leva-se em conta.

Este gráfico http://migre.me/5S9XF mostra a ascendente fração que a expressão “América Latina” vem obtendo frente a “América” e a “América do Sul, considerando  todos os livros escritos em inglês, dos 15 milhões de livros digitalizados pelo google (ou foi isso que entendi do TED a respeito da ferramenta). Eu desconfiaria caso o gráfico dissesse algo diferente de que ela tem ganho relevância; mas mais recentemente também o respeito, autonomia, e outras coisas que ele não pode medir.

Eu não sei se a América Latina é um lugar crescentemente integrado ou se eu sou um cidadão cada vez mais espalhado em seus espaços, culturas e idéias. Mas posso tomar exemplos que não dependam só da minha experiência pessoal, para mostrar que ambos fenômenos acontecem, como o passaporte do mercosul (mesmo que esses detalhes burocráticos não sejam próximos do almejado internacionalismo, atuam em sua direção), a legislação sobre ensino de português e espanhol nas escolas.O fórum social mundial, sediado diversas vezes na A.L., tem incentivos da sociedade civíl e desses Estados para que ocorram encontros participativos e de intervenção da população, contrastado com os eventos-espetáculo e com os fóruns do capital.

A criação de uma Universidade Federal de Integração Latino-Americana http://www.unila.edu.br/?q=node/783. Um exemplo que “caiu como uma luva” para a associação, que eu pontilhei no texto, da integração através do reformismo de centro-esquerda e humanitário latino-americano.

A reforma da própria política, estimulada por esse grupo político, é uma meta paulatinamente conquistada em direção à democracia plena. O jogo é entre o poder definido na política em debates francos e solidários e aquele imiscuído no direito e na economía,  público → privada [ http://migre.me/5S9Nh ].

Esse movimento é reforçado pela crise mundial e pela tecnologia que culmina na internet, minimizando o impacto das mídias tradicionais e seus chefes. Eles ficam assustados: http://migre.me/5SafG ; e utilizam os meios que podem para manternos calados. A própria infra-estrutura da internet é manipulada de forma a um uso particularista e controlado. No caso cubano só se fala da restrição ao conteúdo veiculado na internet, mas omite-se a restrição de integração material com o continente, o que se reflete na maneira como o veículo de informação é utilizado. Todos sabem que cada linha deste parágrafo cheira a  Estados Unidos da América, um nome que tem avidez pelo panamericanismo, mas que surgiu e se mantém na ideologia Destino Manifesto, ao invés do internacionalismo bolivariano e martiniano.

Apesar da democratização estamos mais serenos que o resto do mundo. Isso, me parece, reflete a enraizada ideologia do crescimento economico, uma vez que o desempenho da AL é relativamente bom. Outro fato intrigante é o aparente marasmo das questões geopolíticas em toda a América. Além da mídia fortemente conservadora, que fica elocubrando e instigando possíveis guerras entre, por exemplo, Colombia e Venezuela, pouco se fala disso. Porque será? A autodeterminação dos povos está consolidada na América? A capacidade de intervenção dos Estados Unidos da América – NA América – parece ter minguado. A questão das drogas passa a ser discutida mais seriamente, e o belicismo que cria e se nutre do tráfico internacional, espera-se, diminuirá.

Temos que manter-nos nessa direção de integração e valorização da diversidade a partir de dentro, ao invés da antiga e da recente homogeinização imposta de fora.

Publicaciones Similares

Un comentario

  1. Poxa é revoltante ter que ler uma coisa comos esta que tu iniciou seu artigo: «América Latina parece relativamente calma». Poxa amigo, temos ditadura em praticamente todos os paises, a começar pela Argentina (monarquia Kirchner), Venezuela, Bolivia, Peru… Bah em que mundo você vive caro amigo? O unico lugar com relativa tranquilidade e uma das melhores qualidades de vida é o Chile… Aliás, um dos poucos que não atentaram contra a liberdade dos povos latinos. Uma lástima ainda ter gente no mundo idolatrando a pobreza e defendendo ditaduras, lembra-me aqueles brasileiros do passado que defendiam a manutenção da escravidão, do voto apenas para os «e$clarecidos» e por ai vai… Temos que nos livrar destes malfadados Kadafis latinos danod-lhes o mesmo fim que o outro, para bem do povo e felicidade geral das nações.

Responder a Celso Deucher (@celsosullivre) Cancelar la respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *